Em 2023, o governo central do Brasil registrou um déficit primário de R$ 230,535 bilhões, equivalente a 2,1% do PIB, o segundo pior resultado anual em toda a série histórica desde 1997.O dado inclui um gasto extraordinário de R$ 93 bilhões para regularização de precatórios. Excluindo esse valor, o déficit foi de R$ 138,147 bilhões ou 1,3% do PIB.A meta de resultado primário para 2023 era R$ 213,6 bilhões. O resultado foi impactado por um superávit do Tesouro, um déficit na Previdência Social e um déficit do Banco Central. Em dezembro, o governo teve um déficit de R$ 116,147 bilhões, o pior para o mês na série histórica, incluindo o pagamento de precatórios.A receita líquida do governo central teve queda real de 2,2% em 2023, enquanto as despesas totais subiram 12,5% na comparação anual. O Tesouro destaca aumento nas despesas do programa Bolsa Família, benefícios previdenciários e apoio financeiro a Estados e municípios.